
As doenças inflamatórias intestinais (DII), dentre elas a
doença de Crohn, podem representar um grande desafio clínico / cirúrgico, já que as características clínicas muitas vezes não se correlacionam com a atividade inflamatória da doença. Os métodos de tomografia computadorizada (TC)
e de ressonância magnética (RM), quando utilizados com protocolos enterográficos, apresentam grande acurácia para a pesquisa e avaliação destas doenças. A técnica é baseada na distensão dos segmentos enterocólicos, com a utilização de meio de contraste hiperosmolar ingerido pelo paciente, facilitando a avaliação dos planos parietais e da relação entre as alças intestinais.
A avaliação do grau de atividade da doença, ou ainda, de sua cronicidade, permite a obtenção de informações que ajudam diretamente no estabelecimento da estratégia
medicamentosa. Outro ponto importante, no qual os métodos de imagem se tornam extremamente importantes, é a pesquisa de complicações, como estenoses, fístulas ou coleções intra-abdominais, onde em alguns casos é necessária intervenção cirúrgica.
Como a acurácia entre os métodos é semelhante, a escolha entre eles (RM ou TC) se faz principal mente pela disponibilidade dos mesmos e / ou às condições clínicas
do paciente, uma vez que apesar de apresentar maior resolução de contraste, as imagens por RM são mais suscetíveis a artefatos de movimentação. Outro fator importante é que a RM não expõe o paciente à radiação ionizante, que deve ser considerada já que o caráter crônico das DII torna necessária a realização de diversos exames ao longo do tempo.
DR. CARLOS AUGUSTO MAIA GOMES DE ALMEIDA
CRM 107.672